28/03/2017 13h40min - Polícia
8 anos atrás

Quadrilha de MS roubava identidade de viciados em cracolândia para ocultar bens


Divulgação ► Viciados da Cracolândia tinham documentos roubados para ocultar bens de traficantes

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Midiamax News


A operação deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (28), All In, terminou com a prisão de quatro pessoas em Campo Grande, integrantes da organização criminosa responsável pelo tráfico de drogas internacional. Gerson Palermo, apontado pela PF como líder da organização foi preso em sua residência no Jardim Leblon, e sua esposa Silvana Melo Sanches foi conduzida até a sede da superintendência da Polícia Federal, Osvaldo Inácio Barbosa Júnior e sua esposa Kely Cristina de Souza, Milton Motta Júnior e Hugo Leandro Tognini também foram presos. No estado foram cumpridos 18 mandados, sendo 13 de prisão preventiva e 5 de prisão temporária. Ao todo foram cumpridos 50 mandados em seis estados brasileiros, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Paraná, Minas Gerais e São Paulo. Como funcionava o esquema: advogados da organização criminosa usavam diversas pessoas como laranjas para fazer a lavagem de dinheiro da quadrilha. Segundo informações da Polícia Federal, eles já teriam ido até a cracolândia, no estado de São Paulo e da posse de três documentos de viciados em entorpecentes faziam a falsificação de documentos abrindo contas bancárias e transferindo bens para os nomes destas pessoas. A cocaína que vinha da Bolívia era distribuída nos estados onde a aquadrilha tinha ‘negócios’, por meio de aeronaves ou por meio terrestre, com caminhões. No ano passado em abril e setembro foram feitas duas grandes apreensões de drogas, em abril de meia tonelada de maconha e em setembro de 300 quilos da droga, o que possibilitou aos policiais chegarem até o cabeça da quadrilha. A suspeita da Polícia Federal é de que a droga seria enviada para o exterior, por causa, de sua qualidade. Durante a operação foram apreendidos mais de 35 veículos, já em Corumbá várias aeronaves foram apreendidas e o aeródromo foi lacrado pelos agentes. A quadrilha movimentava R$ 7 milhões e 500 mil com o tráfico de drogas. Gerson Palermo era o responsável pela logística de como a droga chegaria ao país e como seria distribuída aos outros estados. Ele também é apontado como um dos fundadores da facção criminosa PCC (Primeiro Comando Capital) e de liderar em 2005 uma rebelião no Presídio de Segurança Máxima da Capital, no dia Das Mães, quando um preso acabou sendo morto e várias alas do estabelecimento penal destruídas. Candidatos pagariam mais de R$ 50 mil por vaga no TRT, segundo a PF Em 2000 Gerson foi condenado a 20 anos de prisão por roubar um avião, que fazia a rota Foz do Iguaçu a São Luiz. Palermo e mais oito homens sequestraram o Boeing 737-200 da Vasp para levar R$ 5 milhões em malotes roubados do Banco do Brasil. Operação A operação foi batizada de “All In”, jogada típica do Poker em que o jogador aposta todas as suas fichas em uma mão de cartas, em alusão à forma impetuosa com que a quadrilha desenvolvia suas atividades, arriscando-se no transporte de grandes carregamentos de entorpecentes. MídiaMaxNews