Imagem Iiustração ► 33 pessoas presas, em nove estados, acusadas de sequestrar e roubar motoristas em rodovias federais, causando prejuízos
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
A Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) prendeu, nesta quarta-feira (25), 33 pessoas, em nove estados, acusadas de sequestrar e roubar motoristas em rodovias federais, causando prejuízo superior a R$ 30 milhões. Conhecido por “homens-aranhas”, os acusados subiam nos veículos para provocar panes mecânicas, assim praticam os crimes.
Segundo a assessoria de imprensa da Seds (Secretaria de Estado de Defesa Social), que coordenada o grupo, a Operação Catira começou por volta das 6h, onde seriam cumpridos 51 mandados de prisão e 50 de busca e apreensão nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará, Espírito Santo, Goiás, Bahia, Tocantins e Distrito Federal.
Foram cumpridos 33 mandados de prisão, sendo que os acusados foram encaminhados para Uberlândia (MG), e apreendidos carros de luxo, embarcações, armas, dinheiro em espécie e veículos em fase de desmanche.
A quadrilha usava rodovias federais para praticar os golpes, principalmente a BRs 040 e 050. Eles subiam nas carrocerias dos veículos em circulação e provocavam panes mecânicas. Quando os motoristas paravam para verificar os problemas, eles os sequestravam e roubavam as cargas.
As vítimas eram liberadas dos cativeiros depois que os criminosos transportavam a carga e entregavam para um receptador. Foram sete meses de investigações, onde pode-se apurar que a quadrilha possuía divisões para as tarefas, como núcleo financeiro, núcleo contábil, núcleo armado e núcleo logístico.
Os acusados foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, roubo, cárcere privado, lavagem de dinheiro e receptação, cujas penas somadas superam 30 anos de prisão. Eles foram ouvidos na delegacia da Polícia Federal de Uberlândia e encaminhados para o Presídio Professor Jacy de Assis.
A Ficco é composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, contando ainda com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda e da Agência Nacional do Petróleo. Mais de 300 agentes trabalharam na operação.
A secretaria não divulgou quantas pessoas foram presas em Mato Grosso do Sul e em quais cidades do Estado.
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