23/10/2018 08h45min - Geral
7 anos atrás

Reinaldo leva números de gestão e Odilon discurso de ataque


Reprodução ► Debate foi realizado pelo Midiamax na noite desta segunda-feira.

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Midiamax News


Faltando menos de uma semana para a votação do segundo turno das eleições para a Presidência da República e governo do Estado, a população de Mato Grosso do Sul pode acompanhar na noite desta segunda-feira (22) um confronto direto entre concorrentes ao Parque dos Poderes. Odilon de Oliveira (PDT) e Reinaldo Azambuja (PSDB) fizeram um debate que replicou denúncias que permearam a primeira fase da campanha. No enfrentamento de um contra um, ataques do pedetista à atual gestão foram respondidos com números do atual governo e apontamentos sobre temas que são responsabilidade, também, da gestão federal. Organizado pelo jornal eletrônico Midiamax e transmitido pela TVE Cultura e um pool de rádios, o debate teve, de um lado, acusações sobre investigações contra a atual gestão –passando pela delação de acionistas da JBS e denúncias sobre benefícios fiscais– receberam como resposta se tratarem de temas ainda sob apuração, com Reinaldo convidando o adversário a “assistir” ao arquivamento de denúncia, a pedido do Ministério Público Federal, em sessão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) no dia 24, acusando-o ainda de chefiar uma central de “fake news” descoberta pela Justiça Eleitoral na semana passasda. Já o tucano lembrou de acusação sobre o sumiço de R$ 11 milhões da 3ª Vara Federal, antes comandada por Odilon, apontada pelo “primo de consideração” do juiz aposentado, Jedeão de Oliveira, que era nomeado no órgão, bem como suspeitas sobre vendas de sentenças e da aliança com o MDB do ex-governador André Puccinelli (preso no Centro de Triagem durante a Operação Lama Asfáltica), antes criticado pelo adversário. Também dizendo não ser investigado, o pedetista reforçou ter ordenado apuração e investigação do parente, refutou a prática ilegal e, ainda, relação com ações que visassem a difamar o atual governador. Além disso, afirmou ser aliado a nomes emedebistas –defendendo ainda o filho, que segundo ele visitou o complexo penal como advogado. Os temas foram revisitados nos três blocos de perguntas abertos aos candidatos, em meio a questionamentos como infraestrutura, saúde e segurança pública. Odilon, em geral e seguindo a linha esperada da oposição, usou o tempo para atacar atos da atual administração, apontando-os como insuficientes ou ineficazes: condenou a Caravana da Saúde, questionou a política tributária e apontou falta de aparato no DOF (Departamento de Operações de Fronteira), este último escolhido para abrir a série de questionamentos. Quando respondeu, apontou respostas como redução de tributos e o combate a corrupção entre alternativas para equilíbrio da máquina. Reinaldo, por sua vez, valeu-se de números e resultados para sustentar cada ponto atacado pelo rival. Dentre os citados, destacou que a Caravana reduziu a espera por cirurgias eletivas e será mantida; apontou que o Estado foi um dos três do país a reduzir impostos e, ainda assim, superou a crise; e pontuou que o trabalho do DOF serve de modelo ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), ao qual reforçou estar aliado desde o primeiro turno. O apoio a Bolsonaro, aliás, foi “disputado” em estúdio com Odilon, que no segundo turno se alinhou ao candidato do PSL. O pedetista disse ter ido ao Rio de Janeiro se reunir com o presidenciável, reforçando que o mesmo só declararia apoio a candidatos do seu partido no segundo turno e, por isso, não tinha imagens com o mesmo. Já Reinaldo lembrou do vídeo no qual recebeu agradecimento de Bolsonaro e desejo de “boa sorte” logo no início do segundo turno. O confronto desta segunda-feira foi o primeiro na semana derradeira de campanha. Na quinta-feira (25) acontece o debate organizado pela TV Morena. O segundo turno da eleição será realizado no domingo (28).