Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
Segundo estimativas do Ministério da Saúde, o Brasil pode registrar até 4,2 milhões de casos de dengue em 2024. Os números podem variar de 1.462.310 até 4.225.885 de casos e deixam o País em alerta para um ano de possível epidemia da doença.
A combinação entre o fator climático e o ressurgimento dos sorotipos 3 e 4 preocupa ainda mais.
O vírus da dengue possui quatro sorotipos. Quando a pessoa é infectada por algum deles, adquire imunidade apenas contra aquele vírus, ainda ficando suscetível aos demais.
"Há 15 anos não tínhamos a incidência do tipo 3 e agora retornou, então é preciso redobrar os cuidados, porque a pessoa que já teve dengue, quando pega de outro subtipo, pode ser mais grave", alerta a médica infectologista da Unimed Campo Grande, Haydée Marina do Valle Pereira.
O Brasil registrou nas quatro primeiras semanas de 2024 mais de 217 mil casos de dengue, mais que o triplo de notificações do mesmo período em 2023: 65.366. Em Mato Grosso do Sul, neste ano, foram registrados 1.424 casos prováveis de dengue, com 191 casos confirmados e um óbito em investigação.
Sintomas
Os sintomas de dengue, chikungunya ou zika são semelhantes. Eles incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, coceira na pele e manchas vermelhas pelo corpo. "O sinal de atenção para procurar um médico é quando sentir dores abdominais, vômitos, e em casos de pessoas idosas e crianças, quando começam a ficar mais sonolentas. Também é preciso beber muita água, se hidratar, porque há uma perda muito grande de líquido. Então, a grande preocupação é a hidratação", explica a médica.
Prevenção
Os cuidados já são bem conhecidos pela população, mas ainda negligenciados. Não deixar água parada em vasos de plantas, calhas, potes, pneus ou qualquer objeto que possa acumular água, que pode ser criadouro de mosquito da dengue e demais arboviroses. "A sociedade tem que fazer a sua parte, eliminando os criadouros”, orienta a Dra. Haydée Pereira.
Segundo os especialistas, os dados preocupantes servem para chamar a atenção para a população redobrar os cuidados com a prevenção, que continuam como as melhores alternativas.
"Além desses cuidados essenciais, de não deixar água parada, os repelentes também podem ser um auxiliar na prevenção, com boa eficácia na proteção da pele e amenizando os riscos de um contágio da doença", afirma a médica.
Atendimento – A Unimed Campo Grande conta com médicos especialistas e equipes multidisciplinares para atendimentos na área da saúde em geral.
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