Três vereador são cassados em Naviraí e um renuncia ao cargo

Dos quatro vereadores julgados na tarde desta segunda-feira (12), na Câmara Municipal de Naviraí, três foram cassados e um renunciou ao cargo. Adriano José Silvério (Adriano do Zecão), Carlos Alberto Sanches (Carlão) e Cicero dos Santos (Cicinho do PT) tiveram os mandados cassados por improbidade administrativa e quebra de decoro parlamentar. O advogado Marcus Douglas Miranda realizou um longo discurso de 2 horas e no final renunciou o mandado de vereador. A sessão de julgamento terminou por volta das 19h30 (horário local), depois de 5 horas e 30 minutos de duração. Adriano e Carlão obtiveram a maioria dos votos do plenário sendo 10 favoráveis, dois contra e uma abstenção além de perder o mandado eles respondem o processo na Justiça em liberdade. Cicinho do PT foi ex-presidente da Câmara continua preso na Penitenciária de Naviraí. Marcus Douglas, que está em prisão domiciliar. Segundo a polícia, eles cobravam propina de comerciantes para a liberação de alvarás e parte dos salários dos servidores comissionados. O primeiro a apresentar defesa foi Adriano Silvério (SDD). Ele foi cassado com dez votos a favor e dois contra e saiu da sessão sem falar com a imprensa. José Roberto e Mário Gomes votarão pela não cassação, o presidente da Câmara se absteve da votação de Silvério. O segundo mandato votado foi o de Carlos Alberto (SDD), cassado com 11 votos a favor e dois contra dos vereadores Mario Gomes e José Roberto. Ele saiu da sessão antes do fim da votação. O ex-presidente da Câmara, Cícero dos Santos, expulso do PT na semana passada, foi cassado por unanimidade. O último a fazer a defesa foi Marcus Douglas (PMN), que renunciou. A população local acompanhou o julgamento por um telão instalado do lado de fora da Câmara Municipal e comemorou as cassações com fogos de artifício. Com a cassação de: Adriano Silvério, Carlão, Cicinho do PT e renuncia de Marcus Douglas – Dr. Klein, Donizete Nogueira, Júnior do PT e Dito, respectivamente assumem em definitivo a vaga como vereador. Operação Atenas Além dos mandados de prisão, a operação Atenas também cumpriu 28 conduções coercitivas e 35 mandados de busca e apreensão. As suspeitas são de envolvimento nos crimes de formação de quadrilha, corrupção e extorsão contra o Poder Executivo. Segundo a assessoria de imprensa da PF, na ação, foram apreendidos 27 carros, uma motocicleta, um barco, R$ 70 mil em espécie e ainda um cofre cujo dono disse aos policiais que havia aproximadamente R$ 50 mil dentro. De acordo com a polícia, os legisladores são suspeitos de cobrar propina de comerciantes para a liberação de alvarás de funcionamento, desvio de dinheiro público e cobrança de partes dos salários dos servidores comissionados.