Vereador de Naviraí preso em Operação da PF é solto por determinação do STJ

O vereador Carlos Alberto Sanches “Carlão” (SDD), foi posto em liberdade na tarde desta terça-feira, 09 de dezembro em Naviraí. O vereador havia sido preso juntamente com outros quatro parlamentares, durante Operação Atenas, desencadeada pela Polícia Federal e MPE. Carlão foi solto após determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo a determinação Judicial, o termo de Compromisso de liberdade assinado pelo Juiz da Comarca de Naviraí – Paulo Roberto Cavassa de Almeida, “foi deferido a medida de urgência para substituir a prisão preventiva, pela medida alternativa, sendo por este afirmado que vinha, nos termos da Lei, firmas os seguintes compromissos: medidas alternativas previstas no art. 319, IV, do Código de Processo Penal; todas as medidas impostas pelo Juízo de Direito nos autos 0004256-98.2014; outras medidas impostas pelo Superior Tribunal de Justiça: impossibilidade do paciente de contatar os co-réus; comunicar as autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território nacional a proibição do paciente de sair do País, devendo este entregar seu passaporte ao prazo de 24 horas. Continuam presos na Penitenciária de Naviraí, os vereadores Cicero dos Santos e Adriano Silvério. O vereador Marcus Douglas Miranda está preso em regime domiciliar. Já a vereadora Solange Melo está detida na cadeia feminina na cidade de Jateí. Além dos cinco vereadores, outras quatro pessoas foram presas durante a Operação Atenas – os assessores da Câmara Wagner do Nascimento, Rogério dos Santos Silva e Tiago Caliza da Rocha e a mulher de Cicinho do PT, Mainara Gessika Malinski dos Santos. A Câmara municipal de Naviraí abriu pedido de Cassação dos vereadores envolvidos no esquema. O julgamento vai acontecer no próximo dia 19 de dezembro. Caso As prisões ocorreram na última quarta-feira (8), em Naviraí. Conforme a Polícia Federal (PF), os vereadores montaram um esquema para ficar com parte dos salários pagos aos servidores comissionados e também cobravam por liberação de alvarás a comerciantes. Os funcionários eram obrigados a fazer empréstimo consignado junto a instituição financeira antes mesmo de começar a trabalhar. O delegado Nilson Negrão explica como o era o esquema. “Dois mil reais um salário. Eu político. Eu te contrato comissionado, mas você me dá R$ 500 por mês. Mas eu quero receber à vista. Então, faz um empréstimo e aí esse empréstimo você me dá”, conta o delegado. Operação Atenas Além dos mandados de prisão, a ação também cumpriu 28 conduções coercitivas e 35 mandados de busca e apreensão. As suspeitas são de envolvimento nos crimes de formação de quadrilha, corrupção e extorsão contra o Poder Executivo. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, na ação foram apreendidos 27 carros, uma motocicleta, um barco, R$ 70 mil em espécie e ainda um cofre cujo dono disse aos policiais que havia aproximadamente R$ 50 mil dentro. Fonte: Da Redação