CGNews ► Vereador Juliano Ferro fez a denúncia na tribuna da Casa
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: A Gazeta News
O MPE-MS (Ministério Público Estadual) irá investigar um suposto esquema de repasses ilegais do Prefeito de Ivinhema, a 282 km de Campo Grande, Eder Uilson França Lima (PSDB) para vereadores da Câmara Municipal. A denúncia foi protocolada, na terça-feira (19), pelo vereador Juliano Ferro (PR).
Conforme explicou uma nota de esclarecimento do MPE, a denúncia “já desencadeou a instauração de uma Notícia de Fato (Resolução n. 174/2017 – CNMP), onde o MPMS determinou diligências para angariar outros elementos a fim de verificar a plausibilidade da denúncia e a necessidade ou não da adoção de outros procedimentos”.
Quem vai apurar a denúncia é o 1º Promotor de Justiça de Ivinhema, Daniel do Nascimento Britto. Conforme o site local Ivinhema Notícias, o vereador Juliano Ferro (PR) utilizou da tribuna da Câmara, durante a sessão legislativa de segunda-feira (18), para expor o suposto esquema, que chamou de 'mensalinho'.
Aos participantes da sessão, o parlamentar declarou ter sido convidado a participar do 'mensalinho' pelo prefeito.
"Aonde ele me chamou para fazer parte do modo de corrupção, aonde nós iriamos desviar o dinheiro da câmara, um repasse de R$ 50 mil reais, que iria ser desviado, aonde ele ia me repassar, R$ 25 mil reais”, declarou, conforme o site.
Segundo o portal, o vereador afirma que valores repassados pela administração municipal à Câmara eram devolvidos ao prefeito, que dividia a quantia com parlamentares.
O site aponta que "o prefeito supostamente repassava R$ 25 mil para o presidente da câmara e o restante ficaria com o prefeito que repassava deste dinheiro R$ 2 mil reais para 5 vereadores da sua base".
Prefeito nega
O site Ivinhema Notícias publicou uma nota de esclarecimento do chefe do executivo municipal, em que ele nega todas as acusações e afirma que a Casa de Leis realizou a restituição de valores do duodécimo.
"A providência relativa à restituição dos valores de duodécimo da Câmara Municipal ao Poder Executivo no curso de cada exercício civil, quando não empregados pela Câmara Municipal, decorre de obrigação constitucional, e existe justamente para que não haja desperdício de recursos públicos", declarou.
"No caso específico de valores de duodécimo restituídos pela Câmara Municipal à Prefeitura de Ivinhema, todo esse histórico documental existe em registros oficiais e sempre esteve à disposição dos órgãos de controle, e assim permanecem, especialmente nesse momento", complementou.
Ainda por meio da nota, o líder do executivo em Ivinhema afirma que irá prestar todas as informações que forem solicitadas.
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